sábado, 30 de maio de 2009

A cultura indiana



Embora cada estado indiano possua o seu próprio modo de expressar em relação à arte, música, linguagem e culinária, o povo indiano possui muito apego a sua pátria, grande orgulho e amor por ela, assim como é grande a devoção pelos seus ancestrais. E, é exatamente por isso, que as suas tradições tornam-se vivas e fortes, incompreensíveis para nós, ocidentais.

A Índia possui muitos símbolos, deidades e rituais. A grande maioria desses é relativa ao Hinduísmo (religião predominante), seguidos pelo Islamismo e o Budismo. Somente o estrangeiro, que estuda a cultura indiana com afinco, poderá entender o significado de seus símbolos, mas é obrigação moral dos indianos (pertencente às castas) se dedicarem ao conhecimento da simbologia cultural de seu país.

Principais símbolos:

1.
Deepak – é uma lamparina, tradicionalmente feita de cerâmica, que representa o corpo humano, porque assim como o barro, também viemos da terra. O óleo é queimado nela, como um símbolo do poder da vida. Uma deepak traz-nos a mensagem de que, toda pessoa, no mundo, deve remover a escuridão da ignorância, fazendo o seu próprio trabalho, ou seja, lutando pela sua espiritualidade.
2.
Om - representa o poder de Brahma, pois é o som da criação, o princípio universal, entoado no começo de todos os mantras. Dizem que esse som permeia o cosmos. É o número um do alfabeto, é o zero que dá valor aos números, é o som da meditação.
3.
Flor de lótus - presente em muitas imagens, devido ao fato de crescer na água pantanosa e suja, jamais afetada por ela, ensina-nos, que devemos ficar acima do mundo material, apesar de viver nele. As centenas de pétalas do lótus representam a cultura da “unidade na diversidade”.
4.
Swastica - embora pareça ter laços com o nazismo, é na verdade um símbolo de auspiciosidade, bem-estar e prosperidade. Sendo vista como uma bênção.
5.
Divindades - com seus muitos braços, cada um deles carregando objetos ou armas, símbolos em si (como o lotus, o livro) indicam as direções. A maioria representa os quatro pontos cardeais: norte, sul, leste e oeste.

Ashrama significa a vida do indiano, que é dividida em quatro fases:

* a infância ;
* a juventude (que é absolutamente devotada aos estudos, não existindo namoro nessa fase) ;
* o tempo de se constituir família que é pela tradição, arranjada pelos pais (hábito que está caindo em desuso, aos poucos);
* a velhice, época em que a vida é dedicada à realização espiritual.

Taj Mahal - é o maior cartão postal indiano (palácio apresentado na abertura da novela). É uma construção muçulmana, um monumento ao amor, construído por certo rei para sua amada, que morreu prematuramente. É uma das maravilhas do mundo, feito com mármore branco e ricamente decorado com pedras preciosas.

A dança indiana é conhecida e aclamada em todo o mundo. Nela se incluem elementos descritivos, onde são narradas aventuras de deuses e heróis míticos. É muito rica em gestualidade e de extrema leveza. São esses os principais instrumentos indianos:

* de cordas - tambura (tampura);
* de sopro - flautas e uma espécie de oboé;
* os mais importantes tambores - o mridangam e o tabla;
* o tala é o gongo indiano.

Entre os mais importantes musicistas indianos estão Ali Akbar Khan e Ravi Shankar.

A Índia é uma diversidade colorida, uma mistura de línguas, religiões, saris e turbantes, além de arquiteturas diferentes.

A princípio, o estrangeiro pode achar, que um sari é sempre igual ao outro, mas um olhar mais aguçado mostrará que, de acordo com a crença, um modo de amarrar difere do outro, como acontece, também, com os turbantes usados pelos homens.

A Índia é um país místico, cheirando a insenso e cheio de guirlandas, com santos vagando pelas ruas. Características que convivem, lado a lado, com um povo extremamente progressista, que gosta da modernidade e com uma identidade cultural única no mundo. Para nós, é extremamente paradoxal esse Caldeirão Cultural em que estão inseridos os indianos.

O escritor Shafique Keshavjee faz uma comparação muito interessante entre o universo ocidental e o universo orienta, quando diz que “o mundo começará a mudar, quando os ocidentais se interessarem um pouco menos pelas coisas materiais, e os orientais um pouco menos pelo sagrado, e quando, juntos, se preocuparem um pouco mais com a vida real dos humanos.”

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